Barragens de Pedreira e Duas Pontes vão ampliar oferta de água na região de Campinas
As barragens de Pedreira e Duas Pontes serão entregues no segundo semestre de 2026 e beneficiarão 5,5 milhões de pessoas. A região de Campinas ganhará dois empreendimentos que devem aumentar a oferta de água e garantir o abastecimento em períodos de estiagem.
No Dia Mundial da Água, celebrado neste sábado (22), o governador Tarcísio de Freitas e outros secretários visitaram as obras das barragens. As duas obras vão beneficiar 28 cidades da Região Metropolitana de Campinas, com 85 bilhões de litros de capacidade.
A barragem de Pedreira está localizada no rio Jaguari, enquanto a de Duas Pontes fica no rio Camanducaia. As barragens funcionarão como reservatórios para armazenar água de períodos de chuvas e liberá-la durante a estiagem, garantindo a manutenção dos rios (entenda como).
Além disso, armazenam volumes de tempestades, evitando enchentes e aumentando a segurança hídrica da população.
Juntas, as barragens terão capacidade de 85 bilhões de litros – equivalente a 34,2 mil piscinas olímpicas. Pedreira terá 31,9 bilhões de litros e aumentará a vazão do rio Jaguari em 77%. Duas Pontes armazenará 53,4 bilhões de litros, aumentando a vazão do rio Camanducaia em 155%.
Compensação ambiental
O projeto prevê compensação ambiental de quatro vezes a vegetação suprimida. Desde 2019, a Semil realiza o plantio de 700 mil árvores. Nas áreas das barragens de Pedreira e Duas Pontes, o plantio já está 78% e 75% concluído, respectivamente.
Segurança da barragem
Os mecanismos de segurança incluem piezômetros, controle de vazão, extensômetros, marcadores de recalque magnético, drenos, sismógrafos e estações meteorológicas, garantindo monitoramento completo das estruturas, conforme explica Guilherme Marques, diretor operacional de Obras e Empreendimentos da SP-Águas.
História das barragens de Campinas
O Estado de São Paulo anunciou a construção das barragens de Pedreira e Duas Pontes em 2014, iniciando obras em 2019 (Pedreira) e 2020 (Duas Pontes). Em julho de 2023, as obras foram paralisadas e novos contratos foram lançados, com ordens de serviço assinadas em outubro de 2024 (veja detalhes).
Foram duas licitações, uma para cada represa, com 13 propostas no total, resultando em desconto de 17,5%. O investimento previsto de R$ 977 milhões será efetivamente de R$ 806 milhões.
“A implantação das barragens se deu em virtude da escassez hídrica na região do PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí). É uma medida estratégica para garantir resguardo hídrico aos municípios afetados”, explica Guilherme Marques.
